sábado, 9 de julho de 2011

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Dou por mim a pensar o quão monótona está a minha vida agora, parece que estagnou. Todos os dias são iguais, rotineiros. Não sei quais são as músicas mais tocadas, não vejo algumas pessoas à meses, parece que já não me sei vestir bem ou maquilhar, adormeço quando queria estar acordada, tudo tudo igual e monótono. Uma verdadeira seca! Não há hobbies, não há luzes e pessoas a dançar, não há noites divertidas com amigos, não há nada. Sobra estágio e casa e um copo de leite antes de dormir. E agora pergunto porquê?? O que mudou?? Aparentemente nada, no entanto tudo parece mais sério, com menos sorrisos, menos brilho, menos entusiasmo, quiçá menos hormonas a saltitarem. Parece uma futilidade, muito provavelmente até é, mas sinto falta. Faziam-me sentir viva, sentir-me activa na minha própria vida.
Tenho saudades dos jantares, dos comentários impróprios e das cusquices do Z., do entusiasmo da C., dos delírios de moda da S., e das bebedeiras e gargalhadas do A. e do K. Tudo mudou.
Eu mudei. Evoluí, e não troco isso por nada. Ganhei pessoas que valem muito. Se calhar tenho de me adaptar ao mundo que me rodeia agora, parar de tentar recuperar o que era e adaptar-me ao que sou, ao que me tornei. Afinal, todos mudamos, vamos evoluindo e vamo-nos conhecendo a nós mesmos à medida que somos expostos às situações. Se calhar está na altura de fazer qualquer coisa para mandar passear esta passividade mórbida que anda a assombrar o meu dia-a-dia. Quero passear, quero conhecer, quero viver! Na companhia de todos aqueles que me ensinaram coisas, e que me fizeram sorrir, conhecer-me e sentir-me viva. Quero quero quero! Mas querer não é tudo, e não estamos sozinhos, temos todo um mundo que condiciona. Parece que estou numa bolha enorme a gritar e única coisa que ouço é o meu próprio eco, enquanto lá fora as pessoas fazem o seu dia-a-dia normalmente. Será que sou só eu que me sinto diferente? Pois…se calhar sim. Até colocar os pratos no lugar vou chamar-lhe (temporariamente) “fase de habituação”. Preciso apenas de adaptar-me, o que não costuma ser um problema para mim, sou até bastante flexível às situações.
Bem, e se calhar…chega de conversa fiada.
Até um dia destes, volto cá quando estiver mais bem-disposta que isto são só lamúrias, sinceras….mas não deixam de ser lamúrias de quem sofre (temporariamente espero eu) de monotonia mórbida.

1 comentário:

  1. Ai fófinha, fófinha...
    Será que o que sentes falta é dos brilhos, das saídas, das cusquices e das jantaradas, ou do tempo sincero e de qualidade com aqueles que gostas? :)
    Não são os momentos que fazem as pessoas, são as pessoas que fazem os momentos.
    Ainda que não os tenhas com a disponibilidade de antes eles estão ali ao lado... prontos para uma conversa, uma gargalhada, um desabafo :)
    E isso vale mais que qualquer saída ou noite de copos.
    Basta ir lá e tentar...
    Gosti, ma sweet ;)

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